sexta-feira, 22 de dezembro de 2017
domingo, 12 de novembro de 2017
"Enquanto os conjuntos constituem um meio auxiliar, os números são um dos dois objetos principais de que se ocupa a Matemática. O outro objeto é o espaço, juntamente com as figuras geométricas nele contidas. Os números são objetos abstratos que foram desenvolvidos pelo homem para servir como modelos que permitem contar e medir e, portanto avaliar as diferentes quantidades de uma grandeza."
Há um pequeno ensaio de um mini manual de matemática sobre a invenção do número e ainda outras sugestões de leituras que podem ser utilizadas no ensino de matemática. Destaque para o item [3], livro de Oscar Guelli, das sugestões.
Como foi inventado o número?
A invenção do número não aconteceu de repente nem foi uma única pessoa responsável por ela. Na verdade, o número surgiu da necessidade que as pessoas tinham de contar objetos e animais.
Durante a Pré-História, os homens utilizavam pedras, nós de cordas e os próprios dedos para contar.
Foi assim, contanto objetos com outros objetos, que a humanidade começou a formar o conceito de número. Para o homem primitivo, o número cinco, por exemplo, estaria sempre ligado a algo concreto: cinco dedos, cinco vasos etc.
Com os avanços que marcaram o fim da Pré-História, a quantidade de objetos de uma coleção passou a ser representada por desenhos (símbolos). Eles foram criados por estudiosos do Antigo Egito para realizar cálculos rápidos e precisos. Esse fato foi fundamental para o desenvolvimento da Matemática.
Depois dos egípcios, outros povos também criaram o seu próprio sistema de numeração, mas somente por volta do século III a.C. que começou a se formar um sistema numérico mais prático e eficiente que todos os outros já criados até então: o sistema de numeração romano, em que eram utilizadas as letras do alfabeto para representar os números. Esse sistema foi adotado por muitas nações.
Os hindus tinham os seus próprios métodos de cálculos, que eram realizados por meio de apenas nove sinais.
A referência a nove, e não a dez símbolos, significa que o passo mais importante dos hindus para formar seu sistema de numeração – a invenção do zero – ainda não havia chegado ao Ocidente.
Ao longo dos anos, os símbolos hindus foram sendo alterados e levados a toda a Europa por meio dos árabes. Com o livro de Al-Khowarizmi, o mais brilhante matemático árabe de todos os tempos, os símbolos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 ficaram conhecidos no mundo todo como a notação de Al-Khowarizmi e hoje como algarismos indo-arábicos.
Fonte: http://www.ticsnamatematica.com/2014/08/historia-matematica.html
QUE
IMPORTÂNCIA TÊM OS NÚMEROS IMAGINÁRIOS NA NOSSA VIDA?
Apesar de se
provar a existência dos números complexos, eles continuam a ser estranhos para
nós, pois têm menos relação com o mundo real que os outros números já nossos
conhecidos. Um número imaginário não serve para medir a quantidade de água num
copo nem para contar o número de dedos que temos!
No entanto,
existem algumas medidas no nosso mundo onde os números imaginários são
medidores perfeitos. Um campo eletromagnético é um exemplo: tem uma componente
eléctrica e outra magnética e por isso, é preciso um par de números reais para descreve-lo. Este par pode ser visto como um
número complexo e encontramos, assim, uma aplicação direta na Física, para a
estranha regra da multiplicação de números complexos.
Existem
poucas aplicações diretas dos números complexos no dia-a-dia. No entanto, há
muitas aplicações indiretas. Muitas propriedades dos números reais só se
tornaram conhecidas quando estes foram vistos como parte do Conjunto dos
Números Complexos.
É como tentar
perceber uma sombra.
Uma sombra pertence a um mundo a duas dimensões. Portanto, só lhe é aplicável
conceitos que utilizem duas dimensões.
No entanto, pensarmos no objeto de três dimensões que a provoca poderá
ajudar-nos a perceber certas propriedades do mundo a duas dimensões, apesar de
não haver aplicação direta de um mundo no outro.
Da mesma
forma, mesmos não existindo aplicação direta entre o mundo real e os números
complexos, estes poderão ajudar-nos a compreender muita coisa do nosso mundo.
A próxima
analogia ajudará a perceber melhor.
Consideremos
a População A com 236 pessoas, das quais 48 são crianças e a População B com
123 crianças em 1234 pessoas.
Efetivamente, 48/236 (aprox. 0,2) é maior que 123/1234 (aprox.0,1). Portanto, a
Pop. A é mais nova que a Pop. B.
Neste exemplo
são usadas fracções, números não inteiros, num problema onde não têm
significado físico. Não podemos medir populações com fracções; não podemos ter
meia pessoa, por exemplo! Os números que têm ligação direta com esta questão
são os naturais.
As fracções,
neste contexto, são tão estranhas como o são os complexos na maioria das
medições do mundo real. No entanto, o seu uso servir-nos para melhor
entender uma situação do mundo real.
Da mesma
forma, o uso dos complexos ajuda-nos a compreender vários acontecimentos que,
diretamente, só se relacionam com os números reais.
Por exemplo,
em Engenharia, é usual ter de se resolver equações da forma y'' + by' + cy = 0, para a função
desconhecida y.
Uma forma de resolver passa por achar as raízes do polinómio, em
r, r2 + br + c = 0. Mas, sucede diversas vezes não
conseguirmos achar raízes reais e só encontramos complexas. O que se faz é
achar todas as raízes no conjunto dos números complexos e depois considerarmos
apenas aquelas que, afinal, são reais.
No início e no fim só consideramos reais, mas pelo meio os complexos foram
precisos.
Uma vez que
este tipo de equações (chamadas Equações Diferenciais) surge
constantemente em problemas que representam o mundo real, por exemplo, em Engenharia, podemos afirmar que os números
complexos têm utilidade na nossa vida.
Fonte: http://webpages.fc.ul.pt/~ommartins/seminario/euler/importancia.htm
sexta-feira, 6 de outubro de 2017
SÍMBOLOS E NOTAÇÕES
MATEMÁTICAS
Jacir J. Venturi
Em tempos do Biênio da Matemática no Brasil, vivenciamos
importantes eventos relacionados à essa ciência – como a Olimpíada da
Matemática – e advirá, em 2018, o maior congresso mundial da área, a ser sediado
no Rio de Janeiro com mais de 6.000 participantes.
Nesse espírito de divulgação, incentivo e promoção à nível
nacional, oportuno é rememorarmos alguns aspectos históricos desta que já se
definiu como a “rainha e a serva de todas as ciências”. E os apanágios de sua
majestade são o rigor, a lógica, a harmonia e sua linguagem precisa, universal
e sincopada.
Sabemos que os gregos antigos promoveram um grande desenvolvimento
à Geometria Plana e Espacial, mas não dispunham de uma notação algébrica ou de
simbologia adequadas.
Até o século XVI, toda a expressão matemática se fazia de uma
forma excessivamente “verbal ou retórica”. Por exemplo, em 1591, Viète para
representar a equação quadrática 5A2 + 9A - 5 = 0, escrevia em bom
latim: 5 in A quad. et 9 in A planu minus
5 aequatur 0. (5 em A quadrado e 9 em A plano menos 5 é igual a zero).
Além
da prolixidade de comunicação entre os matemáticos, havia outras dificuldades,
pois utilizavam-se notações diferentes para indicar as mesmas coisas.
O maior responsável por uma notação matemática
mais consistente e utilizada até hoje foi Leonhard Euler (1707-1783).
Recordemos as principais: f(x)
(para indicar função de x);
(somatória, provém da
letra grega sigma, que corresponde ao
nosso S); i (unidade imaginária,
igual a
); e (base do
logaritmo neperiano e igual a 2,7182...); log x (para indicar o
logaritmo decimal de x); as letras minúsculas a, b, c para indicarem os lados de um
triângulo e as letras maiúsculas A, B, C
para os ângulos opostos. A letra
= 3,1415..., que havia
sido utilizada por William Jones em 1706, teve o uso consagrado por Euler.



Este nasceu em Basileia, Suíça, e recebeu
educação bastante eclética: Matemática, Medicina, Teologia, Física, Astronomia
e Línguas Ocidentais e Orientais. Foi aluno de Jean Bernoulli e amigo de seus
filhos Nicolaus e Daniel.
Extremamente profícuo, insuperável em produção matemática, Euler
escrevia uma média de 800 páginas por ano e publicou mais de 500 livros e
artigos. Em plena atividade intelectual, morreu aos 76 anos, sendo que os
últimos 17 anos passou em total cegueira (consequência de catarata). Mesmo
assim continuou ditando aos seus filhos (eram 13).
Euler se ocupou com praticamente todos os ramos então conhecidos
da Matemática, a ponto de merecer do francês François Arago o seguinte
comentário: “Euler calculava sem qualquer esforço aparente como os homens
respiram e as águias se sustentam no ar.”
Em 1748, publica sua principal obra com o título latino: Introductio in Analysis infinitorum (Introdução à Análise Infinita),
considerada um dos marcos mais importantes da análise como disciplina
sistematizada. Destarte, Euler recebeu a alcunha de “Análise Encarnada”.
A implementação dos símbolos mais
adequados foi acontecendo naturalmente ao longo das décadas ou dos séculos, sob
a égide da praticidade e do pragmatismo. É evidente, porém, que pouco se pode
afirmar com precisão nesta evolução. Alguns exemplos:
SÍMBOLO
DE +: O primeiro a empregar o símbolo de + para a adição em expressões
aritméticas e algébricas foi o holandês V. Hoecke em 1514. Há historiadores,
porém, que creditam tal mérito a Stifel (1486-1567).
Uma explicação razoável é que até então, a adição de dois números,
por exemplo 3 + 2, era representada por 3 et 2. Com o passar dos anos, a
conjunção latina et (que significa e) foi sincopada para “t”, donde se
originou o sinal de +.
SÍMBOLO
DE ― : Pode ter sido fruto
da evolução abaixo exposta, conforme se observa nos escritos dos matemáticos
italianos da Renascença:
1.º) 5
minus 2 = 3 (minus em latim significa
menos)



SÍMBOLOS
DA MULTIPLICAÇÃO: O símbolo de x em a x b
para indicar a multiplicação foi proposto pelo inglês William Oughthed
(1574-1660). É provável que seja originário de uma alteração do símbolo de +. O
ponto em a . b foi introduzido por Leibniz (1646-1716).
SÍMBOLOS
DA DIVISÃO: Fibonacci (séc. XII) emprega a notação:
ou a/b, já conhecidas dos árabes.

A notação a : b é devida a Leibniz em
1648. Já o inglês J. H. Rahn (1622-1676) emprega a notação a ÷ b.
SÍMBOLO
: É a inicial da
palavra grega
, que significa circunferência.
Sabemos que
= 3,1415926535... é um
número irracional e é a razão entre o comprimento da circunferência pelo seu
diâmetro.



O aparecimento do símbolo
só aconteceu em 1706 e
deve-se a Willian Jones, um amigo de Newton. No entanto, a consagração do uso
do
deve-se ao matemático
suíço Leonhard Euler (1707-1783).


Em 1873, como muito se discutia sobre a irracionalidade do
, o inglês W. Shanks calculou-o com 707 casas decimais. Os
cálculos eram laboriosos e feitos manualmente, e Shanks levou cerca de 5 anos
para efetuá-los.

SÍMBOLOS
DE
(RAIZ): Apareceu pela primeira vez na obra Die Coss (1525), do matemático alemão C. Rudolff. Este sugeria o símbolo
por sua semelhança com a primeira letra da palavra latina radix (raiz).

SÍMBOLO
DE = (IGUALDADE): Tudo indica que o sinal de igualdade (=) foi introduzido por Robert Recorde (~1557), pois nada é moare equalle a paire de paralleles (nada
é mais igual que um par de retas paralelas).
SÍMBOLOS
DE > OU <: O inglês Thomas Harriot (1560-1621) foi o introdutor dos símbolos
de > ou < para indicar maior ou menor, respectivamente. No entanto, os
símbolos
ou
surgiram mais tarde,
em 1734, com o francês Pierre Bouguer.


ALGARISMOS INDO-ARÁBICOS: A palavra algarismo
oriunda-se provavelmente do nome de um dos maiores algebristas árabes: Al-Khowarismi.
Este escreveu o livro que recebeu o título latino: De numero hindorum (sobre os números dos hindus).
Essa obra apresenta
a morfologia de números muito próxima dos símbolos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9.
Tais símbolos haviam sido criados pelos hindus, mas dado ao grande sucesso da
obra em toda a Espanha, ficaram conhecidos como algarismos arábicos.
O
monge e matemático francês Gerbert d´Aurillac tomou conhecimento dos algarismos
indo-arábicos em Barcelona no ano de 980. No ano de 999, Gerbert foi eleito
Papa (com nome de Silvestre II) e promoveu a divulgação de tais algarismos.
O zero aparece pela
1.ª vez num manuscrito muçulmano do ano de 873. Pecando por entusiasmo e
exagero, um matemático afirmou: “o zero é a maior invenção da Matemática”. Ou
seria o maior algoz do aluno!?
ALGARISMOS ROMANOS: Estes por sua vez tiveram influência
dos etruscos. Pelos manuscritos da época, conclui-se que os algarismos romanos
se consolidaram pelo ano 30 d.C.
O símbolo I (que
representa o n.º 1) é uma das formas mais primitivas de se representar algo e
tem origem incerta. Já o X (que representa o n.º 10) decorre da palavra latina decussatio,
que significa cruzamento em forma de X.
O número 100, identificado pela letra C em algarismo romano, provém da inicial
latina centum (cem). O algarismo romano M decorre da palavra latina mille
(que significa 1.000).
Jacir J. Venturi, Coordenador da Universidade Positivo, é um dos Coordenadores da
Olimpíada da Matemática no Paraná e foi professor da UFPR e PUCPR.
domingo, 27 de agosto de 2017
domingo, 30 de julho de 2017
Origem Primitiva da Matemática
Os matemáticos de hoje em dia se baseiam muito em
demonstrações atuais, envolvendo a chamada “matemática pura” que só
desenvolveu-se dando mais ênfase à ciência a partir do século XIX. Porém, tudo
antes desse grande século de proveito significativo a matemática aparecia com
inúmeras concepções que poderíamos tratar como pré-requisito, mas que o homem
analisaria e estudaria tudo de uma forma bem primitiva . Muitas definições
matemáticas hoje utilizadas e adotadas de forma padrão, tiveram origem nos
primeiros tempos da raça humana, como os princípios de contagem, a distinção de
algarismos, formas , conjuntos e unidades.

O desenvolvimento da comunicação e da fala pelo
homem primitivo foi de grande auxilio para o desenvolvimento do pensamento
abstrato da matemática, fazendo com que a linguagem da matemática concreta se
aproximasse muito com o da matemática abstrata. Assim como alguns rumores
da história da matemática conta que a forma de linguagem para números
pares e ímpares teria sido a separação ou distinção dentro de certas
tribos como membros do sexo masculino e membros do feminino, representando um
com número par e outro com número impar a fim de se estabelecer uma ordem.
Afirmar sobre conceitos e de fato as origens da
matemática é um pouco complicado, pois as noções primitivas aparecem antes da
escrita. Um importante fato referindo a essas afirmações, seria onde
teria surgido a geometria, pois não existem documentos nem provas de que como a
“matemática em formas” teria surgido, acredita-se que a necessidade e a
observação quanto a criações, mostram que possa ter sido no Egito, mas, no
entanto, não podemos afirmar, pois não há nada em que nos apoiar como provar a
origem da geometria. A história da matemática esta só em documentos da época.
Bibliografia:
História da Matemática – Carl B Boyer
“Stone age mathematic” – Strik, D.J
História da Matemática – Carl B Boyer
“Stone age mathematic” – Strik, D.J
Fonte: http://www.infoescola.com/matematica/aspectos-historicos-sobre-funcao-matematica/ (acesso em 30/07/2017)
sábado, 15 de julho de 2017
Aspectos históricos sobre função matemática
Por Robison Sá
A gênese de muitas descobertas matemáticas que nos beneficia até os dias
atuais ocorreu num passado bastante remoto. Várias pessoas ligadas à
matemática, seja pelo profissionalismo ou mesmo pela simples admiração pela
ciência das formas e nos números, contribuíram para a sua evolução, dedicando
seu tempo, seus esforços e doando ao mundo um pouco da sua capacidade
intelectual. O conhecimento matemático evolui pela sua disseminação, pelo
compartilhamento, assim como todo conhecimento.



Registros históricos:
A partir do século XVII começou a surgir as primeiras ideias sobre o
conceito de função, com a necessidade de observação dos fenômenos e
das leis que buscavam explica-los. Galileu Galilei (1564-1642)
e Isaac Newton (1642-1727),
por exemplo, utilizaram em seus trabalhos algumas noções de lei e dependência,
como hoje sabemos, fortemente ligadas ao conceito de função.
No século XVIII, Jean Bernoulli, matemático suíço (1667-1748) utilizou o
termo função, assim designando os valores obtidos por operações entre variáveis
e constantes. Ainda no século XVIII, Leonhard Euler (1707-1783) fez uso da
notação atual, mas foi Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716) quem criou o
termo função.
Entre 1811 e 1819 o grande matemático Davies’ Legendre, publicou um
tratado em três volumes denominado “Exercices du calcul integral”,
rivalizando em pé de igualdade, tanto em qualidade quanto em autoridade com o
tratado de Leonhard Euler. Um pouco mais adiante, Legendre expandiu o seu
trabalho obtendo outros três importantes volumes e formando o “Traité des
fonctions elliptiques et des intégrales eulerianas", algo entre os
1825 e 1832. Foi de Legendre que partiu o termo Equações Eulerianas para as
equações Beta e Gama. Outra contribuição de Legendre são as integrais elíticas
de primeira e segunda espécie:
O mais importante matemático do século XVIII foi Joseph Louis Lagrange.
Dentre várias contribuições de Lagrange estão estudos sobre o cálculo de
variações, à época ramo novo da matemática, cujo nome era originado de notações
usadas pelo próprio Lagrange por volta de 1760. Em linguagem simples, o cálculo
de variações trata de encontrar uma relação funcional (y = f(x)),
de maneira que uma integral ∫bag(x,y)dx seja
máxima ou mínima.
Quedas mais rápidas e problemas de isoperimetria eram casos especiais do
cálculo de variações. No ano de 1755 Lagrange escrevera a Euler mostrando os
métodos gerais que ele tinha desenvolvido para resolução de problemas dessa
natureza. Euler, por sua vez, humilde e generosamente, adiou a publicação de um
trabalho semelhante para que Lagrange recebesse todo o crédito.
Ainda voltando no tempo, já clara as várias contribuições de tantas
pessoas ligadas à matemática para o desenvolvimento dos conceitos sobre função,
a definição antiga que talvez mais se assemelhe com a que utilizamos hoje é do
matemático alemão Peter G. Lejeune Dirichlet (1805-1859), diferenciando-se da
atual apenas pela não criação, à época, da Teoria dos Conjuntos.
“O futuro é determinado por ações do presente.”
(Robison Sá)
(Robison Sá)
Fonte: http://www.infoescola.com/matematica/aspectos-historicos-sobre-funcao-matematica/
(acesso em 15/07/2017)
sexta-feira, 14 de julho de 2017
Geometria
Analítica – Uma breve história
Por Robison Sá
Como surgiu?
Todas as ideias matemáticas
relacionam-se entre si, num dado momento ou em outro, porém o fato é que existe
uma relação explícita ou implícita entre elas. Foi dessa forma, que o
matemático e filósofo francês René Descartes concebeu
a geometria analítica. Como à época álgebra e
geometria eram cartas do mesmo baralho, mas tratadas como disjuntas, Descartes
se dedicou a união dessas duas áreas do conhecimento matemático, para ele
claramente correlacionáveis.


Em seu livro, o discurso do
método, publicado em 1637, Descartes mostra que as ciências deveriam ser
guiadas pela matemática, isso devido a sua exatidão e possibilidades de
experimentação. Foi nesse mesmo livro que René demonstrou o grande campo de
aplicabilidades da geometria analítica. Porém, as indicações
sobre quem possivelmente seria o patrono da G.A. (Geometria Analítica) não
formam um senso comum. Muitos historiadores dão crédito também ao
matemático Pierre de Fermat, vistos os seus estudos no campo das equações que
representavam curvas no plano. Além disso, outros estudiosos apontam esse
conhecimento como advindo, ora dos egípcios, ora dos gregos ou romanos.
O que é Geometria Analítica?
A geometria analítica, como
discutido anteriormente, veio do ideal de unir álgebra e geometria. Num plano
coordenado, podem ser localizadas retas, curvas, círculos, ou seja, todos os
conceitos fundamentados na ideia primitiva de ponto, afinal todas essas figuras
nada mais são que conjuntos de pontos.
Plano Cartesiano
O plano coordenado, mais conhecido como
Plano Cartesiano, é formado por dois eixos, um vertical, eixo y (eixo das
ordenadas) e um horizontal, eixo x (eixo das abcissas), que formam quatro
quadrantes, como mostra a figura ao lado. Esses dois eixos se coincidem num
ponto comum chamado origem do plano, ou ponto (0,0). Um ponto é, desta forma,
representado por dois valores numéricos, sendo que o primeiro corresponde a x e
o segundo a y – (x,y) –. Esse par, ou par ordenado, ou ainda coordenadas
cartesianas, no plano, indica um ponto.
Perceba que, a partir da álgebra,
poderemos chegar a uma representação geométrica no plano, e vice-versa. No
Plano de Descartes estão localizadas as definições matemáticas, antes apenas
embutidas na geometria euclidiana (plana). Vejam na figura a seguir a
representação de pontos no plano e entenda como ele funciona.
B (-3,2) → (x,y)
C (2,0) → (x,y)
D (-2,-4) → (x,y)
E (4,-3) → (x,y)
F (0, -2) → (x,y)
D (-2,-4) → (x,y)
E (4,-3) → (x,y)
F (0, -2) → (x,y)
Onde usá-la ou encontrá-la?
A geometria analítica é
a base de grandes campos de estudos matemáticos em dias atuais, mas também é
muito utilizadas em atividades não explicitamente matemáticas. Seja na
geometria algébrica, física, geometria diferencial, engenharia e outras, ou
ainda na vida prática como nos mapas, satélites e no moderno Sistema de
Posicionamento Global, GPS (sigla em inglês) ela está presente.
Podemos utilizar o sistema de
coordenadas para nos localizar, localizar pessoas ou imóveis, tendo por
referência um ponto de origem (no qual estamos no momento), os eixos (ruas,
avenidas, etc.) e um ponto de chegada (local no qual queremos chegar), como
ilustra a imagem ao lado.
EXEMPLOS:
- Igreja (D, 9)
- Cinema (L, 5)
Para
finalizar
Não importa quem foi o criador da geometria
analítica, embora todos os seus contribuintes tenham muito mérito e mereçam
a nossa admiração, gratidão e respeito, o importante é que essa descoberta
revolucionou as nossas vidas, tornando-as mais práticas, convenientes e
esclarecidas. Saber se deslocar num determinar espaço, mesmo que ele ainda lhe
seja desconhecido, nos permite conhecer novos mundos, novos campos
de conhecimentos, de conquistas, de descobertas.
A geometria analítica guia
os nossos passos a cada instante das nossas vidas. Em momentos ela é útil aos
profissionais da matemática, da física, da engenharia, etc. Em outros ela
favorece aqueles que utilizam a matemática ou outras ciências
inconscientemente, os leigos dos aspectos técnicos, porém essenciais ao
funcionamento do mundo.
“A cada ponto, uma
localização; a cada localização, um mundo que se revela”.
História da Trigonometria
Por Robison Sá
Falar
de trigonometria é
lidar com um tabu histórico que compreende o ensino deste ramo da matemática
tão frequentemente associado à ideia de dificuldade e incompreensão. Porém,
antes que o interessado no tema desista de compreendê-lo, antes mesmo de
esgotar as ferramentas possíveis de aprendizagem, convido-os a viajar pelos
fatos históricos na busca de justificativas para a existência dessa ferramenta
matemática tão utilizada por outras ciências e áreas do conhecimento humano.



Este
trabalho é apenas uma introdução à história da trigonometria,
portanto tem o seu estudo em caráter de resumo. Isso poderá levá-los a
compreensão dos fatos históricos através de uma leitura rápida, sem cansaço.
Buscarei também o uso de uma linguagem descomplicada e acessível ao leigo que
visita, pela primeira vez, os terrenos da história da trigonometria.
A história
Não se
pode precisar a origem da trigonometria. Como toda área da matemática, a
trigonometria surgiu por diversos estudiosos, principalmente através do estudo
da astronomia, agrimensura e navegação. Povos como os egípcios e os babilônios
deram importantes contribuições para a descoberta e aperfeiçoamento desse ramo
matemático tão importante à época, bem como em dias atuais.
Papiro de Rhind
No Papiro
Rhind, documento egípcio que data de aproximadamente três mil anos, foram
encontrados problemas relacionados à cotangente. Na tábua cuneiforme Plimpton 322,
tábua babilônia com texto escrito entre 1900 e 1600 a.C., foram localizados
problemas envolvendo secantes.
Euclides de Alexandria, em sua obra
mundialmente conhecida, Os Elementos, apresentou alguns conceitos
trigonométricos, porém representados através de formas geométricas. Mas foi
Hiparco de Nicéia, na segunda metade do século II a.C., quem recebeu o título
de Pai da Trigonometria, isso porque apresentou um tratado com
cerca de 12 volumes nos quais tratava da trigonometria com a autoridade de quem
conhecia profundamente o assunto. Naquele mesmo período, Hiparco apresentou ao
mundo uma tábua de cordas, sendo ele o responsável pela elaboração da primeira
tabela trigonométrica que se tem registro. Ainda naquela época, Ptolomeu apresentou
sua tábua de cordas contendo o cálculo do seno dos ângulos de 0º a 90º, ângulos
que seriam utilizados nos estudos astronômicos em que ele estava engajado.
Hiparco e Ptolomeu deram imensas contribuições para o desenvolvimento da
Matemática e da Astronomia.
Ptolomeu
Hiparco,
ao lado de Ptolomeu, é, sem dúvida, um dos nomes mais ilustres dos estudos
antigos da trigonometria. É atribuída a ele, também, a divisão do círculo em
360º. Advindos do estudo da Astronomia surgiram os conceitos de seno e cosseno. A tangente
supostamente surgiu da necessidade de se calcular alturas e/ou distâncias.
A obra
matemática mais influente da antiguidade foi escrita pelo astrônomo e matemático
Ptolomeu de Alexandria, a Syntaxis Mathematica, obra de 13 livros
relacionados à trigonometria. Ainda em terreno grego, Menelau de
Alexandria escreveu três volumes destinados ao estudo da
trigonometria, sendo o primeiro atido à ideia de triângulos esféricos, o
segundo é uma aplicação da geometria esférica a astronomia e o terceiro trata
do Teorema de Menelau.
Últimas considerações
Como
afirmei nas linhas iniciais, este trabalho é um resumo histórico sobre a
trigonometria, sendo uma ferramenta de conhecimento prévio do tema e convite
para um estudo mais aguçado em bibliografias específicas. Se o leitor buscou
conhecimentos básicos sobre o tema, creio que tenha encontrado. Conhecer os
motivos que levaram pessoas a se engajarem na busca pelo conhecimento minucioso
de certa área do saber nos conduz a compreensão do que buscamos ao estudar
aquela disciplina, aquele conteúdo, aquela ciência. Isso, sem dúvida, nos
tornará aptos ao aprendizado, bem como nos proporcionará momentos de
descontração e viagem no tempo, ao conhecimento de povos, costumes, culturas.
Com certeza esse é um excelente motivo para estudarmos a história daquilo que
hoje apenas nos é mostrado como um saber pronto, acabado.
“Passeando
pela história encontraremos a justificativa para o nosso presente
e estimaremos o nosso futuro”.
(Robison Sá)
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